O saudoso Presbítero Jaime Leitão, hoje na glória com Cristo, o qual exerceu mandato na IPB da Madalena em Recife PE, e foi um dos fundadores da IPB Candeias em Jaboatão PE, contava como ouviu pela primeira vez falar do evangelho.
Ele ainda adolescente residia em um pequeno povoado perto da Cidade de Goiana ao norte da zona da mata de Pernambuco. Neste povoado não havia “protestantes”, como eram chamado os evangélicos, era “proibido” residir ali os “novas seitas” como também eram denominados os crentes, certo dia o Delegado de Policia Civil, foi transferido, e como era de costume, assumia temporariamente o cargo vago, um policial militar de maior posto, até que o governo nomeasse outro delegado. Nesta localidade existia uma guarnição da Policia Militar de apenas 3 militares, e o de maior posto era um Cabo que a população não simpatizava por ser conhecido como “durão”, o mesmo assumiu a função de Delegado temporariamente. A população se mobilizou e conseguiu em apenas alguns dias um novo Delegado e também a transferência do Cabo para outra localidade. O Cabo ao sair do povoado prometeu que voltaria para se vingar da população. Passados algum tempo o Cabo voltou ao povoado, agora nomeado como Delegado, a população ficou receosa, mas nada podia fazer, pois agora ele era o Delegado. O Cabo agora Delgado disse que cumpriria a promessa de vingança e pós seu plano em elaboração, convocou a guarnição de Policia Militar que agora eram 5 militares e solicitou apoio da Cidade de Goiana.
O Povoado era de apenas uma rua, e como ele tinha prometido, às 15h em ponto de um Domingo, o Delegado Cabo, juntamente com um Banda Musical, entravam no vilarejo a frente de uma “romaria” de umas 100 pessoas, mulheres vestidas de banco e homens de paletó preto, todos escoltado por um pelotão da Policia Militar de uns 20 soldados armados. O Delegado Cabo a frente da Banda Musical que tocava “Gloria, Gloria Aleluia! Vencendo vem Jesus!”, se deparou na entrada da única rua do povoado, com um grupo de beatas da Igreja Católica Romana, com sua líder segurando nas mãos uma bandeira do Brasil, e afirmando – “Vocês só entram em nossa vila, se for por cima da Bandeira do Brasil e do nosso cadáver.
O Delegado Cabo, calmamente se dirigiu ao grupo de beatas junto com mais cinco militares, e “delicadamente” tomou a bandeira das mãos da beata e dobrando a bandeira como manda as normas militares, colocou nas mãos de um dos militares, e também com “delicadeza” pegou a beata pelo braço, juntamente com as outras, e as afastou para um lado da rua e ordenou que a “procissão” prosseguisse, assim marchando até o centro do povoado, isto é o meio da única rua.
Conta o já na Gloria Presbítero Jaime Leitão, que todas as casas estavam de portas e janelas fechadas, temendo o que o Cabo vingador faria, ele Jaime trabalhava em um barracão (pequena mercearia, quitanda, mercadinho), e por um buraco na porta ficou espiando o que aconteceria. A Banda Musical parou de tocar e um senhor idoso mas de uma forte voz começou a falar, e sua voz podia ser ouvida de uma ponta outra da vila, pois era apenas uma rua, iniciando dizendo – “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho”, conta Presb. Jaime - fiquei apavorado, pensei que seriamos todos fuzilados pelos soldados, comecei a chorar e ouvir outros também chorando, mas curioso continuei ouvindo e vendo o falante pelo buraco da porta, então ele começou a falar do amor de Deus que Jesus poderia salvar, e que todos que crescem em Jesus seria salvo, fiquei aliviado e curioso pra saber mais a respeito desta salvação. Depois um grupo de senhor cantou a mesma musica que a banda tocou na entrada, “Glória! Glória! Aleluia vencendo vem Jesus!” e concluindo, se retiraram.
Foi desta forma que o Cabo se vingou da população, hoje o povoado é uma cidade com o nome de Condado tendo igrejas evangélicas e convívio pacífico com a população, e o jovem curioso chamado Jaime leitão adquiriu uma Bíblia para saber a respeito da salvação, aceitou a Jesus e depois se tornou um dos Presbíteros mais atuantes na IPB de Pernambuco, e como ele mesmo intitulou este fato, foi mesmo uma “SUBLIME VINGANÇA”.
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